A DPOC é uma doença heterogênea e progressiva, impulsionada por processos imunológicos crônicos distintos. Em uma mesa redonda, os principais especialistas respiratórios discutiram 
<ol style="margin-top:8px; margin-bottom:11px">
 <li style="margin-top:8px; margin-bottom:11px; margin-left:8px"><a href="https://pro.campus.sanofi/copd/articles/a-video-series-on-round-table-discussions-featuring-experts-current-unmet-needs-for-patients-with-copd" style="color:#0563c1; text-decoration:underline">Quais são as necessidades atuais não atendidas para pacientes com DPOC?</a></li>
 <li style="margin-top:8px; margin-bottom:11px; margin-left:8px">Como as diferentes vias inflamatórias na DPOC afetam a patobiologia e a progressão da doença?</li>
 <li style="margin-top:8px; margin-bottom:11px; margin-left:8px"><a href="https://pro.campus.sanofi/copd/articles/a-video-series-on-round-table-discussions-featuring-experts-biomarkers-to-guide-copd-management">Biomarcadores para orientar o gerenciamento da DPOC. </a></li>
</ol>

A mesa redonda foi presidida pela professora Paola Rogliani, da Universidade de Roma, Itália. Outros especialistas do painel foram:
Dr. MeiLan Han, Professor de Medicina Pulmonar de Cuidados Críticos na Universidade de Michigan, Ann Arbor, MI, EUA.
Dr. Marc Miravitlles, médico torácico do Hospital Universitari Vall d'Hebron, Barcelona, Espanha.
<h2 style="margin-bottom: 8px;">Como as diferentes vias inflamatórias na DPOC afetam a patobiologia e a progressão da doença?</h2>
Assista ao vídeo abaixo para obter informações sobre esse tópico com os especialistas respiratórios.

O artigo "How do different inflammatory pathways in COPD impact disease pathobiology and progression?" (Como as diferentes vias inflamatórias na DPOC afetam a patologia e a progressão da doença?) apresenta percepções de uma mesa redonda com a participação dos principais especialistas em doenças respiratórias. Ele se concentra na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), uma condição heterogênea e progressiva. Os especialistas se aprofundaram nos processos inflamatórios na DPOC, particularmente na via do tipo 2 e no seu endótipo associado, enfatizando a importância de identificar os pacientes por endótipos.

CHRONIC-OBSTRUCTIVE-PULMONARY-DISEASE-(COPD)

Uma série de vídeos sobre discussões em mesas-redondas com especialistas: Diferentes vias inflamatórias na DPOC que afetam a patobiologia e a progressão da doença

Neste vídeo, o Dr. Han responde a uma pergunta pertinente do Prof. Rogliani: "Como os diferentes endótipos inflamatórios da DPOC afetam a patogênese e a progressão da doença?"
<h3 style="margin-bottom: 8px;">A DPOC é uma doença heterogênea</h3>
A DPOC é o resultado final de interações complexas, cumulativas e dinâmicas entre genes e ambiente ao longo da vida que podem danificar os pulmões e/ou alterar seus processos normais de desenvolvimento ou envelhecimento.1
<h3 class="Default" style="margin-bottom: 8px;">Processos inflamatórios na DPOC</h3>
O Dr. Han observou que, tradicionalmente, acredita-se que a DPOC seja causada por inflamação neutrofílica. A DPOC está normalmente associada ao aumento de macrófagos nas vias aéreas periféricas, no parênquima pulmonar e nos vasos pulmonares, juntamente com neutrófilos e linfócitos ativados.1 Os neutrófilos estimulam a hipersecreção de muco e geram mais estresse oxidativo, o que pode perpetuar a inflamação.2
A lesão das vias aéreas após a exposição à fumaça do cigarro e a poluentes leva a uma cascata pró-inflamatória mediada por alarmes epiteliais, envolvendo citocinas importantes, como IL-33, IL-25 e linfopoietina do estroma tímico (TSLP).3 A função de barreira alterada resultante da lesão das vias aéreas também predispõe as vias aéreas à infecção, amplificando ainda mais a cascata inflamatória do tipo 1.3

<h3>Via do tipo 2 na DPOC</h3>
O Dr. Han destacou: "Nos últimos anos, começamos a avaliar melhor outra via inflamatória que pode ser importante em alguns pacientes com DPOC, que é a inflamação do tipo 2."
Ouça a perspectiva de um especialista em <a href="https://pro.campus.sanofi/copd/articles/decoding-type-2-inflammation-in-copd-an-expert-perspective" style="color:#0563c1; text-decoration:underline">Decodificando a inflamação do tipo 2 na DPOC</a>
A inflamação do tipo 2 na DPOC engloba células efetoras do tipo 2, incluindo células auxiliares do tipo 2 (Th2), células linfoides inatas (ILC2), eosinófilos e mastócitos, bem como citocinas importantes, como IL-4, IL-5 e IL-13.4,5

Saiba mais sobre o <a href="https://pro.campus.sanofi/copd/articles/role-of-type-2-inflammation" style="color:#0563c1; text-decoration:underline">papel da inflamação do tipo 2</a>
<h3>Endótipo da DPOC com inflamação do tipo 2</h3>
Foi identificado um subconjunto de pacientes com DPOC e inflamação das vias aéreas do tipo 2, mesmo após a exclusão de características de asma.4,8 A prevalência de contagem persistentemente elevada de eosinófilos no sangue (BEC [EOS]) varia entre os estudos, dependendo das características da população e das definições de limiar usadas para avaliação.4
Leia mais sobre <a href="https://pro.campus.sanofi/copd/articles/blood-eosinophils-as-a-biomarker-in-patients-with-copd" style="color:#0563c1; text-decoration:underline">Eosinófilos no sangue como biomarcador em pacientes com DPOC</a>
Nesse contexto, o Dr. Han discutiu oestudo de coorteECLIPSE (Evaluation of COPD Longitudinally to Identify Predictive Surrogate End-points), que demonstrou que 37% dos pacientes com DPOC (n=554/1483) tinham BEC (EOS) persistentemente elevada (≥2%).8

Referindo-se a dois estudos em pacientes com exacerbações frequentes que recebem terapia tripla para DPOC, o Dr. Han apontou que "a BEC (EOS) pode ser vista elevada em pacientes com exacerbações frequentes".

Ela também enfatizou: "Portanto, esse é realmente um achado incrivelmente comum na DPOC".
<h3>Painel de discussão</h3>
Após a apresentação da Dra. Han, o painel de especialistas expôs suas opiniões sobre o envolvimento da inflamação do tipo 2 na patogênese da DPOC. 
A Dra. Rogliani ressaltou que a determinação do endótipo é fundamental para compreender adequadamente a doença e como tratar os pacientes com DPOC.
Ela acrescentou que o epitélio das vias aéreas é o principal aspecto para determinar o tipo de perfil inflamatório que um paciente pode apresentar, pois ele responderá de forma diferente quando exposto a diferentes estímulos, como poluição/tabagismo/infecção, infecção e tabagismo. "Isso levará a uma cascata diferente de mediadores inflamatórios, citocinas e também em nível celular, como os eosinófilos", destacou ainda o Dr. Rogliani.
O Dr. Miravitlles ressaltou que a possibilidade de disponibilidade de biomarcadores que podem ser facilmente usados por todos os médicos praticantes - não apenas especialistas, mas também na atenção primária - para identificar pacientes com diferentes endótipos, pode ajudar a passar da bancada para o leito (ou seja, passar da arena de pesquisa para a prática clínica). 
Para obter mais informações, leia <a href="https://pro.campus.sanofi/copd/articles/a-review-of-the-clinical-implications-of-eosinophil-stability-and-predictive-capability-in-copd" style="color:#0563c1; text-decoration:underline">Uma análise das implicações clínicas da estabilidade dos eosinófilos e da capacidade preditiva na DPOC</a>
O Dr. Rogliani concordou que poderia ser um bom começo caracterizar o paciente de forma diferente do ponto de vista do perfil inflamatório.
A Dra. Han acrescentou que os eosinófilos sanguíneos estão disponíveis para os médicos neste momento. Ela destacou que os pacientes realmente se beneficiam clinicamente dos esteroides, mas é terrível que o uso crônico de esteroides esteja associado a danos de longo prazo. Além disso, ela acrescentou: "Há um subconjunto de pacientes que tem inflamação do tipo 2. Precisamos encontrar melhores maneiras de identificar esses pacientes, pois eles realmente se beneficiariam de terapias direcionadas."
O Dr. Rogliani concluiu este tópico dizendo: "A identificação do paciente certo é a chave para tratar melhor e abordar melhor os pacientes com DPOC."

O artigo "How do different inflammatory pathways in COPD impact disease pathobiology and progression?" (Como as diferentes vias inflamatórias na DPOC afetam a patologia e a progressão da doença?) apresenta percepções de uma mesa redonda com a participação dos principais especialistas em doenças respiratórias. Ele se concentra na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), uma condição heterogênea e progressiva. Os especialistas se aprofundaram nos processos inflamatórios na DPOC, particularmente na via do tipo 2 e no seu endótipo associado, enfatizando a importância de identificar os pacientes por endótipos.

A exacerbação da DPOC é um evento caracterizado pelo aumento da dispneia e/ou tosse e expectoração que piora em menos de 14 dias e pode ser acompanhada de taquipneia e/ou taquicardia.2 
As exacerbações da DPOC são frequentemente associadas ao aumento da inflamação local e sistêmica causada por infecção das vias aéreas, poluentes atmosféricos ou outros insultos às vias aéreas.2 A inflamação do tipo 2, caracterizada pela contagem elevada de eosinófilos, está associada ao aumento do risco de exacerbações da DPOC.3 
Clique <a href="https://pro.campus.sanofi/copd/articles/an-overview-of-the-impact-of-type-2-inflammation-in-copd-insights-from-dr-surya-bhatt">aqui</a> para entender como a inflamação do tipo 2 está associada ao risco de exacerbações da DPOC.
Os objetivos do tratamento das exacerbações da DPOC são minimizar o impacto negativo da exacerbação atual e evitar a ocorrência de eventos subsequentes.2 Foi demonstrado que o risco de eventos subsequentes aumenta a cada exacerbação.1 Além disso, exacerbações frequentes da DPOC levam ao declínio acelerado da função pulmonar4 e à piora dos sintomas.2
Para saber mais, ouça o <a href="https://www.emjreviews.com/respiratory/podcasts/the-negative-impact-of-chronic-inflammation-on-quality-of-life-in-patients-with-copd/">podcast</a> sobre as exacerbações da DPOC e seu impacto na qualidade de vida dos pacientes, apresentado pelo Prof. Nicola Hanania, Professor de Medicina, Chefe de Seção de Cuidados Críticos Pulmonares e Medicina do Sono no Ben Taub Hospital em Houston, Texas, e Diretor do Airways Clinical Research Center, ACRC na Bear College of Medicine.

<h2>Fisiopatologia da exacerbação aguda da DPOC </h2>
As exacerbações da DPOC são frequentemente associadas ao aumento da inflamação local e sistêmica.2 Os poluentes do ar, como material particulado, dióxido de enxofre e fumaça de cigarro, podem aumentar as exacerbações. 5, 6
Na DPOC estável, há um aumento na liberação de células inflamatórias, como linfócitos T e macrófagos, na mucosa brônquica.6 Em pacientes com DPOC estável, porém mais grave, há um aumento de neutrófilos nas vias aéreas, que se elevam ainda mais durante as exacerbações.6 
Uma porcentagem substancial de pacientes com DPOC apresenta eosinófilos elevados nas vias aéreas, nos pulmões e no sangue;2 entretanto, variações significativas nos níveis de eosinófilos no sangue são observadas tanto durante a DPOC estável quanto durante as exacerbações agudas.7 A inflamação eosinofílica tem sido atribuída como causa das exacerbações. Os pacientes com eosinófilos elevados durante a doença estável apresentam exacerbações frequentes e graves.7 Os pacientes com DPOC leve e exacerbações também demonstraram um número maior de eosinófilos em suas vias aéreas na biópsia brônquica.6 
Para saber mais, leia o artigo <a href="https://pro.campus.sanofi/copd/articles/blood-eosinophils-as-a-biomarker-in-patients-with-copd">Blood Eosinophils as a Biomarker in Patients with COPD (Eosinófilos no sangue como um biomarcador em pacientes com DPOC</a>).
De acordo com o Dr. Surya Bhatt, ilustre professor de medicina da Universidade do Alabama em Birmingham e pesquisador de DPOC, a carga e o risco de exacerbações na DPOC são profundos e "há muitos dados que sugerem que essas exacerbações estão associadas ao declínio da função pulmonar".
Clique <a href="https://pro.campus.sanofi/copd/articles/the-burden-and-risk-of-exacerbations-in-copd-according-to-dr-surya-bhatt">aqui</a> para assistir ao vídeo completo do Dr. Surya Bhatt.

<h2>Etiologia da exacerbação aguda da DPOC</h2>
As exacerbações da DPOC são desencadeadas por uma variedade de fatores, incluindo infecção das vias aéreas, poluição do ar ou outros insultos às vias aéreas, sendo as infecções virais um dos principais fatores desencadeantes.2 
As infecções virais resultam em exacerbações mais graves que estão associadas a tempos de recuperação mais longos, em comparação com aquelas desencadeadas por outros fatores.2 Essas exacerbações também têm maior probabilidade de internação hospitalar. O rinovírus humano, o influenza, o parainfluenza e o metapneumovírus são os vírus mais comuns implicados em infecções das vias aéreas que causam exacerbações e podem ser isolados dentro de uma semana do início da exacerbação.2 
O papel exato das bactérias como agente causador das exacerbações da DPOC permanece incerto, pois as mesmas bactérias foram identificadas tanto na doença estável quanto durante as exacerbações.6 A exposição de curto prazo a poluentes ambientais, como material particulado e óxido nitroso, tem sido associada ao aumento das exacerbações, internações hospitalares, visitas ao pronto-socorro e ambulatórios e aumento da mortalidade.2 
Leia mais sobre o impacto das exacerbações na DPOC <a href="https://pro.campus.sanofi/copd/articles/the-impact-of-exacerbations-in-copd">aqui</a>.

O Dr. Surya Bhatt <a href="https://pro.campus.sanofi/copd/articles/the-burden-and-risk-of-exacerbations-in-copd-according-to-dr-surya-bhatt">destaca</a>: "O risco de mortalidade é cerca de duas vezes maior se você tiver duas exacerbações graves em comparação com uma exacerbação grave. E o risco de mortalidade é cinco vezes maior se você tiver dez exacerbações, em comparação com uma exacerbação grave."
Clique <a href="https://pro.campus.sanofi/copd/articles/the-burden-and-risk-of-exacerbations-in-copd-according-to-dr-surya-bhatt">aqui</a> para assistir ao vídeo do Dr. Surya Bhatt, onde ele fala sobre o ônus e o risco de exacerbações na DPOC.

<h2>Sintomas de exacerbação aguda da DPOC</h2>
As exacerbações da DPOC podem estar associadas a uma ampla gama de sinais e sintomas clínicos.5 Os sinais e sintomas durante a exacerbação são semelhantes aos que os pacientes normalmente apresentam; no entanto, sua gravidade é aumentada. As exacerbações da DPOC estão associadas à deterioração da limitação do fluxo de ar e à hiperinsuflação dinâmica, que ocorrem como resultado de broncoespasmo, edema das vias aéreas e produção excessiva de escarro devido às respostas inflamatórias das vias aéreas.6 Essas alterações contribuem principalmente para o aumento da dispneia, o sintoma mais comum durante as exacerbações.6
Os outros sintomas da exacerbação da DPOC incluem tosse intensa e extenuante, aumento do volume de escarro, mudança na cor do escarro de esbranquiçado para amarelo/verde e hemoptise.5 No exame físico, o aumento do chiado expiratório e dos roncos pode ser evidente, juntamente com sinais de alerta de insuficiência respiratória iminente, como respiração paradoxal e alternância respiratória devido à fadiga muscular.5

<h2>Critérios de exacerbação e diagnóstico da DPOC </h2>
Vários sistemas de estadiamento para a classificação da gravidade das exacerbações da DPOC sem insuficiência respiratória foram usados anteriormente; no entanto, nenhum foi validado prospectivamente.5 O relatório GOLD de 2024 propôs um sistema de classificação para a gravidade da exacerbação, usando a abordagem Delphi após uma exaustiva revisão da literatura.2 
As exacerbações podem ser classificadas como leves, moderadas e graves após seu início.2 A classificação da gravidade da exacerbação da DPOC deve ser acompanhada da identificação da causa por meio de testes virais, cultura de escarro ou outras investigações.

Classificação da gravidade da exacerbação da DPOC2,8

Clique <a href="https://goldcopd.org/2024-gold-report/">aqui</a> para acessar o relatório GOLD 2024 e saber mais sobre o diagnóstico e a gravidade da exacerbação da DPOC.

<h3>Diferenciação entre exacerbações de asma e DPOC9 </h3>
Tanto a asma quanto a DPOC são doenças pulmonares obstrutivas caracterizadas pela redução do fluxo aéreo pulmonar devido ao aumento da inflamação e podem apresentar exacerbações agudas. Embora as duas condições apresentem alguma sobreposição nas características clínicas, as estratégias e os objetivos de gerenciamento recomendados pelas diretrizes são diferentes para ambas. Portanto, é importante fazer a distinção entre elas para um diagnóstico preciso.

DPOC e asma: Característicasdistintivas9

<h2>Tratamento para exacerbação aguda da DPOC</h2>
Minimizar o impacto negativo das exacerbações contínuas da DPOC e reduzir o número e a gravidade da exacerbação da DPOC é fundamental para o gerenciamento da DPOC.10

Aproximadamente três em cada quatro exacerbações são tratadas em ambiente ambulatorial com broncodilatadores, corticosteroides e antibióticos.2 Ao chegar ao departamento de emergência, deve-se avaliar se o episódio apresenta risco de vida e/ou requer ventilação não invasiva.2 
Um episódio com risco de vida apresenta sinais de insuficiência respiratória aguda (frequência respiratória &gt;24 respirações/minuto; uso de músculos respiratórios acessórios; alterações agudas no estado mental; hipoxemia que não melhora com oxigênio suplementar e necessidade de FiO2 &gt;40%; hipercarbia).2 Esses pacientes devem ser admitidos em um ambiente onde possam ser monitorados e tratados adequadamente.2

Tratamento deexacerbaçõesgraves, mas sem risco de vida2

Saiba mais sobre as <a href="https://goldcopd.org/2024-gold-report/">recomendações GOLD para o tratamento e o gerenciamento da DPOC</a>.

<h4>Diretrizes de tratamento da exacerbação da DPOC</h4>
Veja abaixo as principais recomendações da European Respiratory Society (ERS) e da American Thoracic Society (ATS) para o tratamento das exacerbações da DPOC.

<h3>Principais recomendações da ERS/ATS para exacerbação daDPOC12</h3>

O relatório GOLD 2024 apresenta alguns pontos-chave para o gerenciamento de todas as exacerbações da DPOC.2

Pontos-chave para o gerenciamento de todas as exacerbações daDPOC2

As exacerbações agudas da DPOC estão associadas à progressão significativa da doença. Descubra os critérios, os sintomas e as orientações de tratamento para gerenciá-las em seus pacientes.

Entendendo e gerenciando as exacerbações da DPOC

A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) continua sendo um desafio de saúde significativo em todo o mundo, caracterizada por sintomas respiratórios persistentes e limitação do fluxo aéreo devido a anomalias das vias aéreas e/ou alveolares. Tradicionalmente, a DPOC tem sido associada à inflamação causada por neutrófilos, mas descobertas recentes sugerem um quadro mais complexo, envolvendo inflamação Tipo 2 num subconjunto de pacientes. O Dr. Surya Bhatt,&nbsp;um renomado pesquisador de DPOC e professor de medicina na Universidade do Alabama em Birmingham, fornece informações valiosas sobre esta área emergente de pesquisa sobre DPOC.

Uma Visão Geral do Impacto da Inflamação Tipo 2
na DPOC: Insights do Dr. Surya Bhatt

Leia a transcrição do podcast

Compreendendo a DPOC e as vias de inflamação
A DPOC tem sido historicamente vista através das lentes da inflamação neutrofílica, impulsionada principalmente pelas vias Th1 e Th17. No entanto, o Dr. Bhatt destaca uma evolução neste entendimento, observando que "há um reconhecimento crescente de que a inflamação tipo 2 pode realmente desempenhar um papel na DPOC". Esta inflamação não é tão simples de detectar, com graus variados de presença na população de pacientes. "Entre 20 a 40 por cento dos pacientes parecem ter alguma evidência de inflamação tipo 2", explica o Dr Bhatt.

Marcadores de diagnóstico de inflamação tipo 2
Um dos principais marcadores para detectar a inflamação tipo 2 é a contagem de eosinófilos no sangue. Dr. Bhatt destaca o valor diagnóstico deste marcador: "Ele se correlaciona relativamente bem com a inflamação eosinofílica nos pulmões e é mais provável que tenha maior específicidade do que sensíbilidade.". Isto significa que uma contagem elevada de eosinófilos pode ser um indicador confiável da atividade inflamatória tipo 2 nos pulmões. No entanto, ele também alerta que os níveis flutuantes de eosinófilos podem complicar o diagnóstico, afirmando: "se você não encontrar, isso não significa que eles não tenham inflamação tipo 2".

Implicações clínicas da inflamação tipo 2 na DPOC
Dr. Bhatt refere-se a dados de estudos significativos, como COPD Gene e Eclipse, que mostram uma correlação clara entre a contagem de eosinófilos e a frequência de exacerbações em pacientes com DPOC. "Há um aumento quase monotônico na frequência das exacerbações com o aumento da contagem de eosinófilos", observa ele, destacando a relevância clínica desses achados. Notavelmente, cerca de 300 células por microlitro marcam um aumento significativo na frequência de exacerbações, que continua a aumentar com contagens mais altas.
 
 Além disso, outras ferramentas de diagnóstico, como o óxido nítrico exalado fracionado (FeNO), podem oferecer informações sobre ainflamação tipo 2. Dr. Bhat discute um estudo envolvendo 20 pacientes, que descobriu que níveis variados de FeNO estavam associados a diferentes frequências de exacerbação. Aqueles com níveis persistentemente elevados de FeNO apresentaram um aumento contínuo nas exacerbações, sugerindo inflamação tipo 2 contínua.

Valor prognóstico da inflamação tipo 2
A inflamação tipo 2 não só se correlaciona com a frequência das exacerbações, mas também tem implicações nas readmissões hospitalares. Bhatt cita um estudo retrospectivo de quase 2.500 pacientes de um banco de dados administrativo, revelando que " uma alta concentração de eosinófilos, definida como maior que 300 EOS/mm3, foi associada a um maior risco de hospitalização relacionada à DPOC em 30 dias, bem como em 52 semanas. " Esta descoberta ressalta a importância de monitorizar os níveis de eosinófilos para prever exacerbações moderadas e graves e, potencialmente, adaptar estratégias de tratamento para reduzir as readmissões hospitalares.

Resumindo
Os insights do Prof. Bhatt sobre inflamação tipo 2 na DPOC destacam uma mudança significativa na compreensão e no manejo desta doença complexa. O reconhecimento do papel da inflamação tipo 2 poderia levar a abordagens de tratamento mais personalizadas, melhorando potencialmente os resultados para um subconjunto substancial de pacientes com DPOC. À medida que a investigação continua a evoluir, os pneumologistas e outros profissionais de saúde devem manter-se informados sobre estes desenvolvimentos para otimizar o tratamento dos seus pacientes com DPOC.
 
 Ao resumir o impacto dessas descobertas, o Prof. Surya Bhatt enfatizou a necessidade de avançar em pesquisas e no conhecimento continuado sobre inflamação tipo 2 em DPOC: "Acho que precisamos continuar procurando", afirma ele, apontando para um futuro onde o tratamento da DPOC poderá se tornar mais personalizado e eficaz com base no perfil individual dos pacientes. Esta abordagem possui o potencial de revolucionar o tratamento da DPOC, possibilitando ir além da gestão de sintomas, alterando o curso desta doença para o benefício de muitos pacientes.

A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) continua sendo um desafio de saúde significativo em todo o mundo, caracterizada por sintomas respiratórios persistentes e limitação do fluxo aéreo devido a anomalias das vias aéreas e/ou alveolares. Tradicionalmente, a DPOC tem sido associada à inflamação causada por neutrófilos, mas descobertas recentes sugerem um quadro mais complexo, envolvendo inflamação Tipo 2 num subconjunto de pacientes. O Dr. Surya Bhatt, um renomado pesquisador de DPOC e professor de medicina na Universidade do Alabama em Birmingham, fornece informações valiosas sobre esta área emergente de pesquisa sobre DPOC.

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Artigos

Uma série de vídeos sobre discussões em mesas-redondas com especialistas: Diferentes vias inflamatórias na DPOC que afetam a patobiologia e a progressão da doença

Entendendo e gerenciando as exacerbações da DPOC

Uma Visão Geral do Impacto da Inflamação Tipo 2 na DPOC: Insights do Dr. Surya Bhatt